
A China registrou em julho de 2025 uma queda histórica nas importações de milho: apenas 60 mil toneladas, o que representa redução de 94,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, a retração chega a 93%, sinalizando não um movimento pontual, mas mudanças estruturais na política de compras do país.
Entre os fatores apontados, estão:
Incentivo à autossuficiência agrícola;
Revisão de estoques estratégicos;
Ajustes no consumo doméstico de rações animais;
Pressões logísticas e variações de preços internacionais.
Para o Brasil, que ganhou espaço no mercado chinês nos últimos anos, o impacto é imediato: pode haver pressão nos preços internos e necessidade de redirecionar a produção para novos mercados como Oriente Médio, Sudeste Asiático e União Europeia — nenhum deles com o mesmo potencial de demanda que a China.
No cenário global, EUA e Ucrânia também precisarão reposicionar suas exportações, aumentando a competição internacional.
A queda chinesa não apenas reorganiza o fluxo mundial de grãos, como expõe a urgência de diversificação de mercados e maior eficiência logística para o agronegócio brasileiro.